quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Prosa com a Solidão




Se do carvão extrai-se diamantes
Dessa solidão extrai-se combustível lírico
Como soro que se extrai do veneno
Do mal que salva a vida

É que sozinho tudo faz mais sentido
Contexto, réplica, tréplica, vindos da mesma boca,
Respostas de dentro para fora
 Talvez sejas tu
A grande dádiva de conhecimento
Que de tão bruta e imoldável
Enlouquece-nos ao contato direto e constante
Por não se conseguir estipular tal valor

És tu eterno combustível de poemas e canções
Fonte inesgotável de amargura que traz verdades e lamentações

Que por condição de cegos 


Acorrenta-nos na parte mais escura da caverna.
 



Notlim Santiago de Aguiar

2 comentários:

  1. Comentar "Boêmio" foi instigante, desafiador e muito difícil, mas "Prosa com a solidão" supera. É um texto sobre um tema triste, mas é inegável que esta experiência (a solidão), totalmente humana, nos possibilita olhar a vida com mais clareza.
    Conheço a solidão, com certeza, ela me acompanha há muuuuito tempo, quis me devorar por quase dois anos, contudo embora ainda presente já não exerce grande influência. E penso que agora que não lhe cubro de atenção ela vai acabar se dando conta que está só, sem mim; na verdade a troquei por outra companhia. Já não estou mais só. Como disse certo escritor: Solitário, mas nunca sozinho.

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