terça-feira, 11 de setembro de 2012

Boêmio

Há quem diga que é um bordel, o que eu chamo coração
Chorei e sofri por tantos amores
Me embreaguei e morri um pouco em cada um deles..
Talvez uma, duas ou todas as vezes..
Contento-me com essa relação com meu alter-ego Entorpecido
Desvairando-se a cada esquina,
Poetizando a cada sorriso de menina,
Que cruzo nessa vida,
E não há ferida que, o caminho que escolhi, não possa cicatrizar.
Se caminhamos na direção do fim,
Meus passo para esse destino, posso apressar.
Envenenando corpo, alma e mente
Ascendo um cigarro e peço mais uma dose
Escrevo o enredo da minha vida
Como quem compunha um samba no violão,
A solidão é, de todo o mártir, uma opção
Afinal à quem posso ser fiel se não à  mim mesmo?
Se traí a meu corpo, vivo a boemia de alma envenenada
Pois da carne, a terra não deixa nada
E a alma? lavada a cada gole de vinho barato



Notlim Santiago de Aguiar

4 comentários:

  1. Talvez a dor não devesse ser aliviada;
    Talves não exista um outro eu;
    Talvez o fim não devesse ser abreviado;
    Pois o amor só se sacia quando intenso do seu início ao fim;
    Pois apenas somos nós mesmos se nos vemos como um todo de muitos lados;
    Pois até que cheguemos ao fim há muito que possa ser vivido, sentido e escrito.

    Gosto muito do que disse um outro poeta:
    "As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria, por isso, tratado com desprezo."

    Forte abraço poeta, que o amor perfeito seja amado por você.

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  2. Existes gostos e goles
    que sempre devemos
    sentir novamente.

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  3. "Há quem diga que é um bordel o que eu chamo coração"
    A melhor definição para o meu coração: Um bordel!

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  4. Existe sempre uma querer maior, um desejo novo em cada embriaguez .

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