quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A chuva

A chuva que desce é a chuva que abre as comportas de  lágrimas e pensamentos 

De quem quer sobreviver

A chuva que volta é a chuva que ascende a esperança de quem tem pensamentos 
De plantar pra colher

A chuva que molha e rega sorrisos perdidos encobrindo dilemas 
De quem não teme pôr tudo a perder

A chuva que toca, escorre e desbota os sonhos acalentados 
 De quem não deixa a face se abater

Molhando calçadas e apagando os passos descalços marcados na terra
Essa é a mesma chuva que rega 
jardins e campos de guerra!

A chuva daqui e a chuva de lá
A chuva toca o solo de qualquer lugar
Molha, inova, renova, inunda
Nos igualando em águas
Na revitalização de um todo moribunda

Não distingue tréguas ou léguas de distância
Cai sem pestanejar como se aqui fosse por vez, sua estância

Molhando calçadas e apagando os paços descalços marcados na terra
Essa é a mesma chuva que rega
Jardins e campos de guerra!


                        

Notlim Santiago de Aguiar

3 comentários:

  1. Santa chuva,
    que lava as ruas;
    lava a alma,
    lava o tempo.

    AH, trás cheiro de paz
    (e guerra)

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  2. Ler, pensar e escrever sobre a chuva são coisas que sempre exerceram certo fascínio sobre mim.
    As tuas palavras me prenderam,
    deixei-me banhar na chuva das palavras e com cada gota, um deleite, um pensamento novo, uma inspiração.


    Cheguei ao teu blog como quem quer dar uma espiadinha sem ser notado para não perturbar, mas foi impossível não ficar.

    Já estou seguindo.
    Um abraço e um excelente fim de semana.

    Jhosy
    http://meninamsicaeflor.blogspot.com.br/

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  3. A chuva que rega o terreno seco das minhas esperanças...

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