segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Carta ao meu inestimável Inimigo

ora, nefasto!
és tu, o amor louco?
és a essência em decadência?
és os versos vomitados em linhas tortas sem razão?
és tu, a interrogação que define a obra póstuma do amor?
Afinal, o que pensas tu, da vida?
és o vinho e o violão!
és a fortaleza sem portão!
és o cortejo a solidão!
Te desfazes como as cinzas do teu cigarro!
Te botas de pé, apenas  para buscar uma queda maior!
te apegas, inutilmente, à construção do muro de tal fortaleza,
pois mal sabes que não se guarda beleza.
Não se vive um poema.
Abrigou a flor e não notou a falta da raiz.
E é como se diz, 
Regou-a com lágrimas, sem saber que nem água servia.
E agora vive a agonia de ter um jardim sem flor, semente ou pudor.
O tal fruto proibido, que era tão simbólico, se materializou.
E agora ecoa no vazio, teu nobre título de jardineiro de ilusões...



N. Santiago




Um comentário:

  1. Pode passa o tempo que for.
    dias, meses e, talvez, alguns anos
    mas eu nunca deixo de ir aqui.
    Sabemos que não tem muita coisa nova
    Porém, tu ainda és meu favorito!
    Me desculpe novamente pela "desculpa" que (quase) sempre dei
    saiba que eu te quis muito!
    mas eu já estava encantada por outra pessoa.
    Isso sempre aconteceu com a gente, é incrível!
    mas, se for pra ser (como diz a minha mãe), não tem tempo que mude.
    sinto saudades!

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